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Ruiter pede apoio do presidente Lula ao acordo transfronteiriço - 03/05/08
Durante a celebração do acordo entre os municípios pantaneiros situados na fronteira Brasil-Bolívia, ontem (2), o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, assinou uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde manifesta o espírito da integralização que envolve a região e reitera o apoio do governo brasileiro para sua efetivação.
No documento, entregue ao Subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Alexandre Padilha, o prefeito ressalta que a união simbolizada na carta dos municípios pantaneiros “reforça o compromisso da política externa brasileira” e dará suporte para futuros acordos, tratados e outros atos junto ao governo central.
“Na mesma proporção das diferenças e desafios que estão por vir – diz Ruiter -, grande é o sonho de desenvolvimento integrado dos povos de nossa região e, para sua efetivação, urge o enfrentamento das questões comuns que circundam a realidade das cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez e do nosso município”.
A carta ao presidente da República ressalta que, não obstante o marco geográfico da fronteira que divide estas cidades, “as relações entre elas, historicamente, ultrapassam os seus limites e, por muitas razões, mostram-se bastante intensas, principalmente pela proximidade em que se encontram, pelo comércio, importação/exportação, navegação (Bacia do Rio Paraguai), turismo (Pantanal), gasoduto etc”.
Apoio governamental
Ruiter relata a Lula a importância do Festival América do Sul, que abre espaço para expressão cultural e históricos dos povos latinos, e cita que a união das cidades pantaneiras possibilita identificar a realidade das dificuldades que emperram a engrenagem do desenvolvimento na fronteira. E, por esta razão, se tornam importantes interlocutores com o governo central das demandas de caráter transnacional.
“Assim – completa o prefeito corumbaense -, como fazem as cidades bolivianas supramencionadas junto às autoridades de governo de seu país, as quais já demonstraram total apoio à consecução desses objetivos, leva-se ao conhecimento de Vossa Excelência os esforços empreendidos, certos de que o governo brasileiro em muito poderá contribuir a integração e desenvolvimento dos municípios pantaneiros da fronteira Brasil-Bolívia”.

Ruiter pede apoio do presidente Lula ao acordo transfronteiriço - 03/05/08
Durante a celebração do acordo entre os municípios pantaneiros situados na fronteira Brasil-Bolívia, ontem (2), o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira, assinou uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde manifesta o espírito da integralização que envolve a região e reitera o apoio do governo brasileiro para sua efetivação.
No documento, entregue ao Subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Alexandre Padilha, o prefeito ressalta que a união simbolizada na carta dos municípios pantaneiros “reforça o compromisso da política externa brasileira” e dará suporte para futuros acordos, tratados e outros atos junto ao governo central.
“Na mesma proporção das diferenças e desafios que estão por vir – diz Ruiter -, grande é o sonho de desenvolvimento integrado dos povos de nossa região e, para sua efetivação, urge o enfrentamento das questões comuns que circundam a realidade das cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez e do nosso município”.
A carta ao presidente da República ressalta que, não obstante o marco geográfico da fronteira que divide estas cidades, “as relações entre elas, historicamente, ultrapassam os seus limites e, por muitas razões, mostram-se bastante intensas, principalmente pela proximidade em que se encontram, pelo comércio, importação/exportação, navegação (Bacia do Rio Paraguai), turismo (Pantanal), gasoduto etc”.
Apoio governamental
Ruiter relata a Lula a importância do Festival América do Sul, que abre espaço para expressão cultural e históricos dos povos latinos, e cita que a união das cidades pantaneiras possibilita identificar a realidade das dificuldades que emperram a engrenagem do desenvolvimento na fronteira. E, por esta razão, se tornam importantes interlocutores com o governo central das demandas de caráter transnacional.
“Assim – completa o prefeito corumbaense -, como fazem as cidades bolivianas supramencionadas junto às autoridades de governo de seu país, as quais já demonstraram total apoio à consecução desses objetivos, leva-se ao conhecimento de Vossa Excelência os esforços empreendidos, certos de que o governo brasileiro em muito poderá contribuir a integração e desenvolvimento dos municípios pantaneiros da fronteira Brasil-Bolívia”.

Prefeitura apresenta projeto das casas do PAC para comunidade - 29/04/08
A Prefeitura de Corumbá apresentou o projeto de construção de 320 casas para famílias em situação de vulnerabilidade social já cadastradas pelas equipes técnicas do Governo Federal. As unidades habitacionais serão construídas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A apresentação aconteceu na escola Almirante Tamandaré, e reuniu moradores das regiões do Cravo Vermelho III; Loteamento Pantanal; da Alfândega e de algumas áreas de risco da cidade.
O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) participou da reunião com os moradores. Acompanharam o prefeito, o secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Cássio Augusto da Costa Marques, e o secretário executivo Infra-Estrutura, Ricardo Ametlla.
Ruiter disse para as famílias cadastradas, que participaram do encontro, que as casas terão “qualidade muito boa”, as melhores do Brasil, destacou ao enfatizar que o local terá toda a infra-estrutura necessária.
“Esse programa é para ajudar as pessoas que querem um lugar digno para viver”, declarou. O chefe do Executivo corumbaense destacou ainda que a Prefeitura tem a preocupação de “melhorar a qualidade de vida das pessoas” e trabalha visando retirar as pessoas das “condições subumanas” a qual muitas estão submetidas.
Orientação sócio-educativa
Além do projeto das casas, a equipe de assistência social do PAC explicou como será o trabalho técnico que vai garantir a inserção, em uma nova realidade social, das famílias que serão beneficiadas com as moradias.
O projeto para a construção de 800 unidades habitacionais com recursos do PAC conta com um amplo trabalho de apoio social, que nesta etapa de ação será desenvolvida com as famílias que receberão as primeiras 320 casas construídas.
Bruna Maria Morais Cola, coordenadora da equipe técnica-social dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento, disse aos participantes da reunião que serão promovidos cursos profissionalizantes e de alfabetização; palestras educativas e até atividades para inserção pessoal no mercado de trabalho.
Ela explicou que o trabalho junto às famílias visa orientá-las sobre a vivência em um meio social, diferente daquele ao qual estão acostumadas, mudando a realidade delas. A atuação dessa equipe vai durar 45 meses.
O secretário Cássio Augusto da Costa Marques, que esclareceu detalhes do projeto arquitetônico das unidades habitacionais, informou que as casas terão 43 metros quadrados de área construída, contendo dois quartos; sala; cozinha; banheiro e serão entregues com forro e piso. O espaço onde o conjunto habitacional será implantado ainda contará com calçada; pavimentação asfáltica; saneamento básico; centro de lazer; creche; pré-escola; posto de saúde da família e centro de referência da assistência social.
A Prefeitura já investe R$ 28,5 milhões, em recursos do PAC na construção de 800 unidades habitacionais dentro do projeto Casa Nova entre os bairros Nova Corumbá e Guató, na parte alta da cidade, no prazo de três anos.
Folha de São Paulo CET interdita rua para reconstituição do caso Isabella

A CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) interditou por volta da meia-noite deste domingo (27) a rua Santa Leocádia, na Vila Isolina Mazzei (zona norte de São Paulo), para a reconstituição da morte da menina Isabella Nordoni, 5, que acontece hoje.

Isabella foi jogada do sexto andar do edifício London no final da noite de 29 de março. A reconstituição está marcada para começar às 9h e pode se estender por até dez horas.

A partir das 7h do domingo o espaço aéreo ficará bloqueado em um raio de 1,5 km do prédio. Na noite de sexta-feira (25) a Aeronáutica emitiu o Notan (Notice to Airmen, aviso aos navegantes, em português) proibindo o vôo de helicópteros, balões e aviões das 7h às 22h.

Policiais civis e militares estão no local para controlar o acesso de pessoas. Só têm direito a circular na rua moradores e prestadores de serviço e seus respectivos veículos.

O esquema montado pela polícia prevê ainda bolsões para que as pessoas acompanhem o trabalho da perícia. Eles ficarão a 60 metros do ponto onde estará montada a área reservada aos jornalistas, um próximo à rua Mandaguari e à avenida General Ataliba Leonel.

A polícia cadastrou moradores para facilitar o acesso à rua e evitar que outras pessoas tenham acesso ao local. Caso as pessoas tentem furar o bloqueio, podem ser encaminhadas a delegacias de polícia da região e responder por desacato a autoridade.

Reconstituição
Os responsáveis pela investigação do caso consideram fundamental a reconstituição. Através dela, por exemplo, será possível confirmar a tese defendida pela Polícia Civil, a de homicídio praticado pelo pai da garota.

O fechamento do espaço aéreo é necessário, segundo a Polícia Civil, para não prejudicar a reconstituição dos fatos que resultaram na morte da garota, asfixiada e jogada do sexto andar do prédio enquanto passava o fim de semana com o pai, Alexandre Nardoni, e com a madrasta, Anna Carolina Jatobá-indiciados pela polícia por homicídio doloso (com intenção) com três agravantes: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. O casal nega envolvimento no crime.

Nardoni e Jatobá não irão participar da encenação por recomendação dos advogados de defesa. Com isso, policiais civis com portes físicos parecidos com os do casal farão a reconstituição.

A expectativa é de que o inquérito que investiga as circunstâncias em que ocorreu a morte da garota seja concluído no prazo de 30 dias, que vencem na próxima terça-feira (29).

Apenas o edifício London e parte de um prédio vizinho serão utilizados na reconstituição. Fatos anteriores da chegada do casal ao estacionamento do edifício --entre eles compras em um hipermercado-- e a visita do casal à casa dos pais de Anna Carolina, em Guarulhos (Grande São Paulo), não serão refeitos.

A encenação começará dentro do estacionamento do prédio. Após a saída do estacionamento será utilizado um dos elevadores que levam ao sexto andar, onde está localizado o apartamento. Serão gravadas imagens da saída do elevador até a porta do apartamento, sala e quarto, principais cenas do crime. De lá, o elevador é novamente utilizado até o acesso ao jardim do prédio parte da rua defronte ao edifício.

Para simular a presença dos filhos do casal, serão utilizados bonecos, assim como foi feito pela Polícia Técnico-Científica para simular a morte de Isabella durante o recolhimento de materiais que resultaram nos laudos.
Em determinados momentos, nem mesmo os delegados responsáveis pelo caso estarão presentes devido ao exíguo espaço de alguns locais. A prioridade é para os peritos e equipamentos que eles utilizarão.


Folha de São Paulo Governador norte-americano confia em reativação de acordo humanitário na Colômbia

O governador do Estado americano do Novo México, Bill Richardson, se declarou "otimista" em relação à possibilidade de reativar as negociações para um acordo humanitário na Colômbia depois de se reunir em Caracas com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Richardson, que manteve uma reunião de mais de hora e meia com o governante venezuelano, qualificou de "produtivo" e "positivo" o encontro, no qual estiveram presentes o embaixador dos EUA na Venezuela, Patrick Duddy, e o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.

"Simplesmente estou otimista em relação a retomarmos as discussões sobre o acordo humanitário", disse durante sua saída do Palácio presidencial de Miraflores, onde aconteceu a reunião.

O governador do Partido Democrata, em breves declarações à imprensa, manifestou que Chávez tinha lhe dito que está "disposto a ajudar" para retomar o caminho do acordo.
Além disso, destacou que seu único interesse são os reféns seqüestrados pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): três americanos, a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e mais de 400 colombianos.

"Todos são reféns merecem estar livres", disse Richardson, que falou em espanhol e em inglês com a imprensa.

O governador do Novo México insistiu em que ele não era "um enviado do governo dos EUA", nem da OEA (Organização dos Estados Americanos), mas "um enviado dos familiares dos seqüestrados", e não só dos seqüestrados americanos.

Agradeceu a atenção do governo venezuelano, especialmente do chanceler Maduro, assim como a do embaixador americano, e afirmou que retorna aos EUA com o propósito de tentar ajudar na via do acordo que permita uma troca humanitária.

Richardson disse que se reuniu recentemente com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que, disse, "também está disposto a ajudar", e que falou com as autoridades francesas.

"O governo americano quer movimento em relação à libertação dos reféns", comentou o governador, que se declarou especialmente preocupado com a saúde de Ingrid Betancourt.

Richardson indicou que ia falar também com a senadora colombiana Piedad Córdoba, que, da mesma forma que Chávez, foi suspensa no mês de novembro do ano passado por Uribe em seu papel de mediadora para uma troca humanitária entre reféns e guerrilheiros presos.

O governador americano não deu detalhes sobre que tipo de ajuda poderia dar Chávez para reativar os contatos.

Em declarações horas antes, o presidente venezuelano tinha dito que não sabia se poderia ajudar na tarefa de alcançar os objetivos colocados por Richardson.

"Não sei se poderei continuar ajudando neste tema, porque para ajudar é preciso que as partes que estão no problema aceitem a ajuda", disse Chávez em referência ao veto de Bogotá para que desempenhe um papel mediador.

Os três americanos cuja liberdade é defendida por Richardson foram capturados pelas Farc quando o avião no qual efetuavam um rastreamento eletrônico nas selvas do sul da Colômbia caiu.

Em janeiro e fevereiro, a guerrilha colombiana libertou seis de seus reféns de forma unilateral e os entregou a Chávez em "desagravo" por ter sido afastado da mediação pelo presidente colombiano.

As já deterioradas relações entre Bogotá e Caracas sofreram um novo colapso em março, após o ataque militar colombiano contra um acampamento das Farc em território do Equador, no qual morreram 26 pessoas, entre elas o porta-voz da guerrilha, Raúl Reyes, um equatoriano e quatro universitários mexicanos.

A crise começou a ser solucionada após a cúpula do Grupo do Rio no mês passado em Santo Domingo, capital da República Dominicana, mas as Farc advertiram que não farão mais libertações unilaterais.

Além disso, reiteraram sua exigência a Uribe, que a rejeita, que desmilitarize os municípios de Pradera e Florida para negociar uma troca humanitária de 39 reféns --entre os quais estão os três americanos-- por cerca de 500 guerrilheiros presos.

A visita a Caracas do governador do Novo México acontece dias antes da já anunciada viagem do ministro de Exteriores francês, Bernard Kouchner, à Colômbia, Equador e Venezuela na próxima semana.

Kouchner abordará com seus interlocutores a "urgência de uma solução humanitária" que leve à libertação dos reféns das Farc, incluindo Ingrid Betancourt, após o fracasso da missão enviada pela França, Espanha e Suíça à Colômbia para tentar contato com a guerrilha


Folha de São Paulo Dois grupos reivindicam autoria de ataques durante desfile no Afeganistão

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, saiu ileso neste domingo de uma ataque, reivindicado tanto pelos talebans como por um grupo armado relacionado à Al Qaeda, e realizado quando começava o desfile de comemoração pela vitória mujahedin contra o Governo comunista apoiado pelos soviéticos.

Uma pessoa morreu e 11 ficaram feridas no ataque --cujas características ainda não estão claras--, informou à Agência Efe o porta-voz do Ministério da Defesa, Zahir Azimi, que não disse quem foram as vítimas.

O porta-voz taleban Zabiullah Mujahid assegurou à Efe que seis insurgentes do grupo tinham atacado durante a cerimônia com rifles de assalto e que três deles morreram no tiroteio que se seguiu, enquanto os outros escaparam para um "lugar seguro".

Segundo Mujahid, os talebans lançaram seu ataque cerca de 30 metros do palanque no qual Karzai e outros dignatários presenciavam o grande desfile militar, que foi interrompido enquanto milhares de pessoas fugiam apavoradas.

A autoria do ataque também foi atribuída ao líder radical afegão Gulbudin Hekmatiar, um ex-mujahedin que agora está associado à rede terrorista Al Qaeda.

Um porta-voz de Hekmatiar disse à rede de televisão privada Tolo que seus homens tinham atacado durante a cerimônia com foguetes a partir de uma casa situada a cem metros de Karzai.

Pouco após ser retirado do local por seus guarda-costas, Karzai apareceu na televisão para confirmar que estava bem e anunciar que vários agressores tinham sido detidos.

O porta-voz da Defesa não pôde confirmar quantas pessoas foram detidas nem a que grupo insurgente pertencem.

O ataque aconteceu poucos minutos após começar a cerimônia de comemoração da vitória dos mujahedins afegãos contra o Governo comunista apoiado pela União Soviética, em 1992, e se confundiu com o som das salvas de canhão e o hino que era executado no momento.

As tropas soviéticas se retiraram do Afeganistão em fevereiro de 1989, após dez anos de ocupação e conflitos contra diferentes grupos de mujahedins, dos quais o de Hekmatiar foi o que mais ajuda externa recebeu.

Outros grupos de antigos mujahedins têm uma forte presença no Parlamento e no Governo de Karzai e a cada ano lembram com um desfile em Cabul sua vitória contra o comunismo.

Na década de 1990, os talebans se levantaram em armas contra o Governo dos mujahedins, após vários anos de uma sangrenta guerra civil entre as diferentes facções que tinham lutado contra a URSS, afundando o país no caos.


Folha de São Paulo Tiros obrigam Karzai a abandonar palanque durante desfile no Afeganistão

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, abandonou neste domingo (27) o palanque de onde presenciava um desfile militar após serem ouvidos tiros, segundo imagens divulgadas ao vivo pela televisão afegã.

Minutos após começar o desfile para comemorar a vitória dos mujahedins afegãos contra os ocupantes soviéticos, foram ouvidos alguns disparos, que forçaram a retirada de Karzai e outros membros do governo presentes no ato.

Pouco depois, o porta-voz taleban Zabiullah Mujahid assegurou à Efe que seis insurgentes tinham atacado a cerimônia.

Três deles morreram no tiroteio, enquanto os outros três conseguiram escapar para um "lugar seguro", descreveu o porta-voz, que não disse se os agressores causaram alguma baixa durante o ataque.

Os antigos mujahedins afegãos têm uma forte presença no Parlamento e no governo de Karzai e cada ano lembram com um desfile em Cabul sua vitória contra a União Soviética, que invadiu o país em 1979 e se retirou dez anos depois.

Na década de 1990, os talebans se levantaram em armas contra o governo dos mujahedins, após vários anos de guerra civil entre as diferentes facções que tinham lutado contra a URSS.


Folha de São Paulo Cidades que mais desmatam lideram crimes na Amazônia
Violência aparece em 39 das 50 cidades com maior índice de devastação na região
EDUARDO SCOLESE

Os municípios que mais desmatam na região amazônica são também os que mais registram trabalho escravo e violência no campo. O avanço da pecuária na área acompanha o ritmo da queda das árvores.
Essas relações foram detectadas pela Folha a partir do cruzamento de dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do Ministério do Trabalho e da CPT (Comissão Pastoral da Terra).

A reportagem teve acesso a levantamento do Inpe que identifica o total desmatado de agosto de 2004 a julho de 2007 em 601 cidades da Amazônia Legal (Estados do Norte, além de Mato Grosso e Maranhão).

No ranking dos 50 municípios que mais extraíram madeira no período, sendo 23 em Mato Grosso e 20 no Pará, a violência no campo aparece em 39 deles, com crimes ligados a conflitos fundiários e flagrantes de trabalhadores em situação análoga à escravidão.

Os municípios "top 50" do desmate acumularam a média de um assassinato entre 2004 e 2007, índice sete vezes acima do registrado na região amazônica (0,14), segundo a CPT.

Os campeões na derrubada de árvores também estão à frente nos flagrantes de trabalho escravo, ou seja, quando, além de ser submetido a situações degradantes, o trabalhador é impedido fisicamente de deixar a propriedade.

Entre 2004 e 2007, a média nesses 50 municípios foi de 109 trabalhadores resgatados pelo grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho. Na Amazônia, no mesmo intervalo, a média geral dos municípios foi de 16 pessoas flagradas nessas condições.

Gigante
No topo da lista do desmate está o gigante paraense São Félix do Xingu, município com área equivalente à soma dos Estados de Alagoas e do Rio Grande do Norte (84,2 mil km2).

Nele, em três anos, foram devastados 2.812 km2, com quatro assassinatos e 291 trabalhadores resgatados.

"Onde tem desmatamento ilegal, onde tem grilagem de terra, tem madeireiras e tem morte. A vinculação é realmente essa", afirma Ailson Machado, assessor de mediação de conflitos agrários da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência.

"O trabalho escravo vem junto, porque eles [proprietários ou grileiros] usam essas pessoas, a maioria delas migrantes, para abrir a mata. Quando termina o desmate, ou elas ficam expostas à violência, sem trabalho, ou são levadas para outras áreas para serem exploradas", completa.

O avanço do desmatamento na Amazônia também coincide com o crescimento da pecuária. Entre os 50 municípios da região que, segundo dados do IBGE, mais avançaram na quantidade de cabeças de gado entre 2003 e 2006, 29 deles também integram os top 50 na derrubada da floresta.

Colniza (MT) é um exemplo. No extremo noroeste do Estado, na divisa com Amazonas e Rondônia, a cidade aparece em quarto no ranking do desmate, com 982 km2 derrubados, 115,9 mil novas cabeças de gado e dois assassinatos, em três anos.

No mesmo intervalo, Confresa, município no nordeste mato-grossense, seguiu uma linha semelhante, com 270 km2 de desmate, 114,6 mil novas cabeças de gado e 1.013 trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão. "A gente lamenta, mas tem pessoas que ainda estão fazendo isso. Se aproveitarem as áreas já abertas, não precisam desmatar", diz o pecuarista Nerci Wagner, presidente do sindicato rural de Confresa.

Entre os top 50 do desmatamento, houve um crescimento médio de 90,9 mil cabeças de gado, contra 15,7 mil em toda a região amazônica, uma diferença de 579%.

Valor da floresta
Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o que acontece é que o desmate é uma resposta ao que classifica de baixo valor econômico da floresta. A entidade rejeita a relação entre a violência no campo e a atividade econômica.

José Batista Afonso, advogado da CPT do Pará e integrante da coordenação nacional do braço agrário da Igreja Católica, afirma que a relação entre o desmatamento e a violência no campo não é coincidência.

"Não existe coincidência, e sim uma relação. Na Amazônia, especialmente no Pará, a atividade da pecuária sempre foi a campeã na utilização de mão-de-obra do trabalho escravo. E, se existe expansão da pecuária, há também a expansão da área de desmatamento", declara Afonso, advogado da CPT.


Jornal de Brasília Conferência Nacional reunirá 2 mil jovens em Brasília a partir de amanhã

Dois mil jovens de todo o país estarão em Brasília amanhã (27) para participar da 1ª Conferência Nacional da Juventude. O evento se estenderá até o dia 30. Eles apresentaram cerca de 4,5 mil propostas discutidas em conferências estaduais, realizadas em fevereiro e março.

As propostas foram divididas em 16 áreas: educação, trabalho, cultura, saúde e sexualidade, participação política, meio ambiente, segurança e direitos humanos, diversidade e políticas afirmativas, esporte e lazer, fortalecimento institucional da política da juventude, mídia e tecnologia da informação, drogas, cidades, família, campo, povos e comunidades tradicionais.
De acordo com o coordenador do evento, Danilo Moreira, as propostas, agora resumidas em 548, servirão de plataforma para a política nacional da juventude. A plenária final escolherá 21 prioridades.

“Ela [a resolução final que sairá do evento] terá uma força muito grande porque foi fruto de um debate intenso em várias etapas preparatórias e passará a ser um instrumento para a ação do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), e dos governos federal, estaduais e municipais”, avaliou.

Além das conferências estaduais, ocorreram também conferências livres em presídios, aldeias indígenas, organizações desportivas e em unidades de internação de menores. “As propostas encaminhadas por essas conferências livres ajudaram muito na qualificação do material. Isso é um ganho enorme, esses jovens puderam debater e interferir nessas políticas”, disse o coordenador da conferência.

Ele acredita que as 21 prioridades podem servir de subsídio para programas eleitorais de candidatos das próximas eleições municipais e até mesmo reorientar alguma ação do governo federal que envolva a juventude. “As decisões podem inclusive pressionar positivamente votações na Câmara que dizem respeito à juventude e servirem como referência para os próprios movimentos juvenis se organizarem em torno dessas bandeiras ”, previu.

Para a vice-presidente do Conjuve e integrante da Organização Não-Governamental (ONG) Ação Educativa, Maria Virgínia Freitas, a conferência terá o papel de fazer um levantamento das demandas dos jovens. “O nosso principal é objetivo é justamente a priorização desse cojunto de propostas. Então veremos como o governo responderá a isso e, daqui a dois anos, vamos conferir o que foi feito”, explicou.


Jornal de Brasília Tropas colombianas são atacadas pelas Farc a partir de território equatoriano

Tropas colombianas foram atacadas a partir de território equatoriano com cilindros-bomba, que feriram um soldado, segundo denúncias de fontes militares em Bogotá e no departamento sulista de Putumayo.

O ataque teria sido feito por supostos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e foi registrado na localidade equatoriana de Pueblo Nuevo em direção à região colombiana de Teteyé, segundo as fontes.

As tropas colombianas foram atacadas quando prestavam assistência a um grupo de engenheiros em atividades de prospecção petrolífera, em um ponto da selva do departamento (estado) de Putumayo, a cerca de 700 quilômetros ao sudoeste de Bogotá.

O general Mario Montoya, comandante do Exército colombiano, em Bogotá, e o também geral Octavio Ardila, da IV Divisão militar, de Putumayo, denunciaram a ação contra as tropas na zona de fronteira.

Os soldados atacados foram atingidos por vários dos cilindros-bomba, repletos de estilhaços e três dos artefatos que não explodiram ficaram em poder das tropas, observou o general Ardila.

Nessa região limítrofe com o Equador atuam guerrilheiros da frente 48 das Farc.

O general Montoya informou que a ação foi comunicada à Chancelaria, para que, por sua vez, seja transmitida às autoridades e às Forças Militares equatorianas.

"Esperamos que esta situação não continue. É delicado para tropas colombianas e para as companhias que exploram petróleo nessa região", disse o general Montoya.

Um informante, desmobilizado das Farc revelou hoje ao canal "RCN" de televisão, que essa guerrilha, "do Equador", planeja e lança ataques a tropas colombianas que se encontram perto da divisa entre os dois países

No dia 1º de março tropas colombianas realizaram uma incursão militar contra um acampamento das Farc em território equatoriano, situado a menos de dois quilômetros da fronteira, durante o qual morreram 26 pessoas, entre elas "Raúl Reyes", porta-voz internacional da organização.

Dois dias depois da operação, o presidente do Equador, Rafael Correa, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia.



O Estado de São Paulo Austrália vai retirar 200 soldados do Timor-Leste
O país comanda a Força Internacional de Segurança, solicitada para sufocar a violência

SYDNEY - O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, disse este fim de semana que a situação noTimor-Leste, após as tentativas de assassinato do presidente e do primeiro-ministro do país, José Ramos Horta e Xanana Gusmão, respectivamente, voltou à normalidade e anunciou a retirada de 200 soldados, para deixar ali uma tropa de 750 militares.

"O primeiro-ministro Gusmão me escreveu respaldando a decisão. Agradeceu à Austrália sua assistência após os ataques", detalhou o trabalhista Rudd.

O dirigente australiano reiterou o compromisso de seu país com o Governo timorense e com a ONU para ajudar a jovem nação a manter a segurança e a enfrentar outros desafios.

A Austrália comanda a Força Internacional de Segurança, na qual participam Malásia, Nova Zelândia e Portugal, que o Timor-Leste solicitou em maio de 2006 para sufocar a espiral de violência que ameaçava desembocar em uma guerra civil.

Desde então, a força internacional permanece no país e a ONU retornou a essa antigo colônia portuguesa para ajudar as autoridades Nacionais.


O Estado de São Paulo Separatistas tâmeis atacam instalações militares cingalesas
O bombardeio tâmil segue a outro lançado no sábado pelo Exército contra posições de artilharia da guerrilha

NOVA DÉLHI - Os rebeldes separatistas tâmeis lançaram esta madrugada um ataque aéreo contra instalações do Exército do Sri Lanka, informou neste domingo uma fonte militar, que disse que o bombardeio não causou nenhum dano.

A aviação tâmil lançou três bombas contra posições do Exército em Welioya, no nordeste da ilha, "sem causar dano ao Exército", assegurou o Ministério da Defesa em comunicado.
A site "Tamilnet" informou que esta é a segunda vez desde outubro de 2007 em que os rebeldes lançam um ataque combinado por terra e ar contra o Exército cingalês.

O bombardeio tâmil segue a outro lançado no sábado pelo Exército contra posições de artilharia da guerrilha também em Welioya, em uma semana que registrou fortes combates no norte do país nos quais morreram uma centena de rebeldes tâmeis e 43 soldados, segundo a Defesa, que também informou do desaparecimento de 33 militares.

Outros 64 civis faleceram na explosão de uma bomba em um ônibus da cidade de Piliyandala, cerca de 15 quilômetros ao sul de Colombo, capital do país, em um atentado pelo qual oito pessoas foram interrogadas, segundo a Polícia.


O Estado de São Paulo O site dos EUA que sentiu o terremoto de SP
Segundos após o tremor, agência USGS já trazia informações sobre intensidade e epicentro
Célia Almudena

Enquanto milhares de paulistanos se assustavam na terça-feira com o terremoto de 5,2 graus na escala Richter, cientistas da Sociedade Geológica dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês) já reuniam informações sobre o evento. Qualquer catástrofe natural que aconteça no local mais remoto do planeta é logo destrinchada no site da entidade para internautas leigos. E, não por acaso, a USGS é chamada de "agência do fim do mundo".

O terremoto que atingiu quatro Estados brasileiros na semana passada acendeu a luz vermelha. A falta de informações fermentou a sensação de agonia. Não para algumas centenas de internautas, que logo desembocaram no site www.usgs.gov. Lá, segundos após o evento, já havia informações sobre intensidade, localização do epicentro (a 218 km de São Vicente) e profundidade do terremoto.

O pior terremoto do País nos últimos anos mostrou que não estamos preparados para desastres naturais. No dia seguinte ao abalo, uma reunião em Brasília discutiu a criação de uma rede nacional sismográfica. O chefe do Departamento de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Barros, apresentou aos assessores do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência o projeto de uma rede de 40 estações de monitoramento. "Hoje, é difícil registrar os sismos pequenos. As estações que existem estão distribuídas de maneira disforme e os instrumentos, ultrapassados", explicou Barros.

A USGS não enfrenta essa dificuldade. Uma das muitas entidades vinculadas à Agência Federal para o Gerenciamento de Emergências (Fema) do governo americano, ela foi fundada em 1879. É uma agência científica que estuda paisagens e territórios, principalmente dos Estados Unidos. Sua abordagem multidisciplinar reúne biologia, geografia, geologia, além de informações geoespaciais e oceanográficas.

A USGS acredita que a ciência é a melhor forma de manter a população preparada para adversidades, além de sustentar a economia, a segurança nacional, a qualidade de vida e o meio ambiente. Assim, seu site traz em linguagem simplificada tópicos científicos de importância, como análises geoespaciais e recursos naturais, sem esquecer de temas atuais, como aquecimento global e queimadas. Além de registros históricos muito interessantes. Com alguns cliques, o internauta que domina o inglês descobre que o terremoto mais mortífero registrado no mundo aconteceu em 23 de janeiro de 1556, na China. Com cerca de 8 graus na escala Richter (num máximo de 9), deixou 830 mil mortos.

GRÁFICOS
Também é possível entender, por meio de gráficos didáticos, como o terremoto de 26 de dezembro de 2004 em Sumatra deu origem ao tsunami que afetou 14 países no sul da Ásia e leste da África. Ou navegar para páginas de parceiros, como o Instituto Smithsonian, e encontrar fotos e informações dos terremotos históricos desde 1900.

A importância de acompanhar as mudanças climáticas ganha espaço por causa do aquecimento global. Recentemente, a ONU alertou que prejuízos causados por condições extremas do clima podem ultrapassar US$ 1 trilhão em um único ano até 2040