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O Estado de São Paulo

Governo prevê País entre as 10 maiores reservas de petróleo
Estimativa é de que as reservas brasileiras vão crescer de 14 bilhões para 85 bilhões de barris
Ribamar Oliveira
Circula nos principais gabinetes do governo uma avaliação de que o petróleo na área do pré-sal, na plataforma continental que vai do sul do Espírito Santo ao norte de Santa Catarina, colocará o Brasil entre os dez maiores detentores de reservas do mundo. Por essas estimativas, as reservas brasileiras, hoje de apenas 14 bilhões de barris de petróleo equivalente (óleo mais gás), poderão chegar a 85 bilhões. A área do pré-sal teria de 50 bilhões a 70 bilhões de barris.Essa avaliação foi feita no governo após as descobertas dos megacampos de Tupi, de Júpiter e de Carioca/Pão de Açúcar, todos na Bacia de Santos (este último em fase de testes). Os indícios obtidos pela Petrobrás foram repassados à Presidência da República e serviram de base para a projeção. O principal argumento é que os poços furados pela Petrobrás tiveram resultado positivo.A verdadeira dimensão das reservas ainda será objeto de pesquisas que poderão durar vários anos. Mesmo porque, advertem as fontes, boa parte da área não foi licitada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Assim que o megacampo de Tupi teve as reservas dimensionadas, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) excluiu 41 blocos da 9ª rodada da ANP.A crítica no governo ao diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, é de que ele deu curso a avaliações preliminares, baseadas em indícios e suposições. Além disso, não respeitou formalidades legais para anúncios dessa natureza, em relação aos direitos dos acionistas das empresas envolvidas.A perspectiva de uma grande reserva de petróleo na área do pré-sal abriu duas discussões no governo. A primeira é saber se a Lei do Petróleo é suficiente para a nova realidade. A maioria dos governistas quer alterar o marco regulatório do petróleo para que a União se aproprie de maior parcela da receita a ser obtida pelas empresas na área. A segunda discussão é sobre o que fazer com essa riqueza. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), por exemplo, quer destinar parte dos recursos a um programa de renda mínima. Seu colega Aloizio Mercadante (PT-SP) defende projetos que criem emprego.
O Estado de São Paulo

SIDERURGIA
Eike busca siderúrgica de grande porte
O Porto de Açu, que está sendo construído pela LLX, de Eike Batista, contará com uma siderúrgica estrangeira com capacidade para produzir 10 milhões de toneladas por ano. Segundo o presidente da LLX, Ricardo Antunes, a usina produzirá chapas e tubos de aço para o mercado interno e externo e envolverá investimentos de US$ 12 bi.
O Globo

Setor naval não atende à demanda
A indústria naval do Rio vai conseguir atender a apenas parte das encomendas nos próximos anos, avalia Júlio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. Para ele, há uma série de questões a serem resolvidas nos estaleiros fluminenses, como falta de capacidade financeira e de locais assegurados para as obras. Levantamento da secretaria aponta que existem quase US$8 bilhões em projetos já contratados no Rio, entre encomendas de Petrobras, Vale e PDVSA, por exemplo. Com os investimentos de petróleo na camada pré-sal, o total pode dobrar. -- O governo não vai hesitar em intervir para ter estaleiros fortes - disse Bueno. Segundo a secretaria, há outras oportunidades da Petrobras, como parte das plataformas P-55, P-59 e P-60 e navios-plataformas. De olho nas oportunidades, o estaleiro Mac Laren assina hoje contrato com o Jurong, de Cingapura, para construir plataformas em seu estaleiro de Niterói. A brasileira está investindo R$200 milhões na construção de um dique seco, que será o único da Região Sudeste. Com essa infra-estrutura e a tecnologia do Jurong, será possível construir qualquer plataforma de exploração de petróleo, disse Gisela Mac Laren, presidente da Mac Laren: - Investimos para atender às necessidades da Petrobras. (Bruno Rosa e Mariana Schreiber)